segunda-feira, 7 de junho de 2010

Brownian motion

O Brownian motion (em homenagem ao botânico escocês Robert Brown) é o movimento aparentemente aleatório de partículas suspensas em um fluido (água,ar) ou modelo matemático usado para descrever tais movimentos aleatórios, muitas vezes chamada de teoria das partículas.
O modelo matemático do movimento Browniano tem várias aplicações do mundo real. Um exemplo frequentemente citado é flutuações do mercado de ações. No entanto, os movimentos nos preços das ações podem surgir devido a acontecimentos imprevistos que não se repetem, e física e os fenômenos econômicos não são comparáveis. movimento browniano está entre o mais simples dos estocástico em tempo contínuo (ou random) processos, e é um limite de mais simples e mais complicados processos estocásticos (ver passeio aleatório e teorema Donsker's). Essa universalidade está intimamente relacionado com a universalidade da distribuição normal. Em ambos os casos, é muitas vezes conveniência matemática e não a precisão dos modelos que motiva a sua utilização.

Trabalhos do designer e ilustrador inglês Craig Ward inspirados no Brownian motion



sábado, 5 de junho de 2010

Robin Hood




Além de tradicional festival de filmes autorais, o Festival de Cannes é um espaço visado para estréias dos que vão entrar no grande circuito internacional. Coube a Robin Hood (Robinn Hood, EUA, 2010 - 2 h 28 min) as honras de abrir o 62º Festival de Cannes.
Focando a contextualização do que será no futuro o cenário da lenda de Robin Hood, o filme de Ridley Scott (Falcão negro em perigo) foge a uma exigência dos fãs. Aqueles que conhecem o herói pelos desenhos e revistinhas já se distanciam do filme ao buscar as semelhanças com o que já tinham visto. A trama se desenvolve no Robin antes do Hood (piada ruim?). Não esperem por flechadas o tempo todo. O resultado é um balanceamento entre contexto histórico e aventura épica. Robin Longstride (Russell Crowe) está ao lado do exército  do rei Ricardo Coração de Leão (Danny Huston). As Cruzadas desencadeiam batalhas fervorosas. Numa delas, o rei é assassinado. Na fuga, Robin encontra Sir Robert Loxley (Douglas Hodge), que levava a coroa do rei a Londres à beira da morte. Loxley pede que Robin leve sua espada ao seu pai. Robin cumpre sua missão em Londres, sendo o insano príncipe João (Oscar Isaac) promovido a novo rei. Robin parte para Nottingham, onde conhecerá o pai de Robert, Sir Walter (Max von Sydow), ea viúva Marion (Cate Blanchett) - por quem se apaixonará.
Acima de tudo, há muito Ridley Scott na obra. Sempre temos aquela sensação de que chegamos atrasados no filme e temos que correr pra recuparar o que perdemos. Isso acontece pela edição emendar todas as cenas, como se o filme todo fosse apenas uma sequência gigantesca. Isso provoca em algumas pessoas um sono incontrolável, outras ficam eletrizadas e outras confusas. Como fita para sua imensa sequência, Scott usa uma cama musical quase sempre presente e elipses sofisticadas.
Aos cenários, figurinos, diálogos, música e todos outros requintes estéticos, o filme se enquadra no que se espera de um filme de época. Mas isso é enriquecido por uma fotografia com cores um pouco mais realistas e iluminação nem tanto barroca como de costume. Movimentos  de câmera feitos à mão e zoom acelerado soam no mínimo diferentes num contexto de filme clássico.
A trilha sonora como principal tentativa de elemento de coesão em diversos momentos atrapalha o filme. Cenas que tem valor intrínseco na sua pureza ficam saturadas e poluídas numa trilha barulhenta. Ela soa desconexa do filme que não se assume como apenas mais uma obra épica. Tanto a trilha como algumas frases saídas das bocas dos personagens são apenas clichês que estão alí cumprindo sua cota num filme do gênero. Tais frases normalmente estão encaixadas em cenas também clichê.
Além da narrativa fluída, muitas cenas (as que não são clichê) funcionam muito bem. Além das intermediárias cenas de batalhas, há os momentos de respiro dramático. Normalmente é quando se encontram ou Cate Blanchett, Russell Crowe ou Max Von Sydow. Os três atores "shakespearianos" tem posturas misteriosas e dosam muito bem seus momentos de silêncio e reflexão, mesmo que a construção dos personagens não seja o grande forte do filme.
Longe dos clássicos já feitos por Ridley, como Blade Runner (o melhor filme da década de 80?) e Thelma e Louise (um dos melhores roteiros de todos os tempos?), ainda assim Robin Hood não pode ser ignorado. É um filme que ganha espaço em sua filmografia.

Agora uma cena com a Cate mostrando porque é minha atriz favorita :)


Logorama

Melhor curta de animação de 2009, segundo o Oscar 2010

 
Copyright © Maurício Chades